sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Platelmintos


Platelmintos


Os platelmintos possuem corpo mole, achatado e alongado, realizam respiração cutânea e têm sistema digestório incompleto (com boca, porém sem ânus).

Os platelmintos são triblásticos, protostômios e acelomados, tendo simetria bilateral. Não possuem sangue nem sistema circulatório, sendo a condução dos gases e nutrientes realizada através da parede do corpo, de célula a célula.

Representação de uma planária alimentando-se através da faringe evertida.

As formas livres de platelmintos possuem ocelos, olhos primitivos que apresentam certa sensibilidade à luz, permintido que o animal se afaste de lugares luminosos.

Esses animais podem ter vida livre ou parasita. A planária, por exemplo, possui vida livre, aquática ou terrestre. A Taenia solium e a Taenia saginata, no entanto, são parasitas respectivamente do porco e do boi, e ambas do homem. O esquistossomo é parasita do caramujo e do homem, provocando neste a esquistossomose.

Respectivamente Taenia e micrografia de luz de Echinococcus, dois cestódeos típicos.

A reprodução dos platelmintos ocorre tanto sexuada quanto assexuadamente. As planárias são hermafroditas, e sua reprodução sexuada é cruzada, como a das minhocas. Elas também podem se reproduzir assexuadamente com a divisão do corpo em duas partes.

Representação da reprodução assexuada em planárias, mostrando o resultado da fissão transversal.

Cópula entre planárias.

Cápsulas de ovos em desenvolvimento e outras abrindo-se e liberando os jovens.

Esquistossomose


A esquistossomose é causada por platelmintos do gênero Schistosoma, pertencentes à classe dos trematódeos. A doença é conhecida como barriga d’água, pois o esquistossomo derrama um líquido no abdômen do hospedeiro.


O esquistossomo macho tem o corpo achatado, e a fêmea, cujo corpo é cilíndrico, se aloja no canal ginecófaro, situado ao longo do corpo do macho, na época da reprodução. O esquistossomo se instala nas veias do intestino, podendo atacar o fígado e o baço.

A fêmea do esquistissomo deposita os ovos no intestino do indivíduo doente, o qual os elimina com as fezes. Se estas forem parar na água, os ovos darão origem a larvas, os miracídios, que nadam à procura de um caramujo do gênero Biomphalaria, no qual se desenvolvem as larvas chamadas cercárias. Estas abandonam o caramujo e ficam na água. Quando um indivíduo se banhar em um local contaminado, as larvas da cercária penetram na pele, chegando à corrente sanguínea.

Para o esquistossomo se desenvolver, ele precisa de dois hospedeiros, o caramujo e o homem, respectivamente intermediário e definitivo. Para evitar a doença, é necessário saneamento básico e evitar se banhar em locais que podem estar contaminados.


Teníase e cisticercose


Os platelmintos causadores da teníase, a Taenia solium e Taenia saginata, são os principais exemplos da classe do cestódeos, podendo medir até 10 metros. A T. solium e a T. saginata podem ser adquiridas através da ingestão respectivamente de carne de porco e de boi contaminadas que estejam cruas, mal-assadas ou malcozidas.

Seu corpo se divide em escólex, cabeça (que serve para o animal se fixar no intestino), colo, pescoço e estróbito (o restante do corpo). Possuem grande poder de regeneração e alimentam-se através da pele, sendo hermafroditas e capazes de se autofecundar (os espermatozóides de uma proglote fecundam os óvulos de outra proglote do mesmo animal).


Na teníase, os proglotes cheios de ovos eliminados pelas fezes da pessoa que tem a doença, caso lançados ao solo, podem ser comidos pelo boi ou pelo porco. Os ovos dão então origem a larvas, que perfuram as paredes do intestino, indo parar no músculo, formando cisticercos. Se a carne contendo cisticercos for ingerida crua, mal-assada ou malcozida, a pessoa adquire a teníase.

Uma pessoa também pode adquirir cisticercose, caso ingerir os ovos da tênia que podem estar presentes em água ou alimentos contaminados que não forem respectivamente bem fervida e bem lavados. O cisticerco pode se alojar, por exemplo, no cérebro ou no coração e, dependendo do órgão atingido, pode levar à cegueira ou até a morte.






Fontes


LINHARES, Sérgio e GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia hoje. São Paulo: Ática, 2010.

PAULINO, Wilson R. Biologia Atual, Vol. 2: Seres Vivos, Fisiologia. São Paulo: Ática, 1997.

CRUZ, Daniel. Os Seres Vivos. São Paulo: Ática, 1998.

SANTOS, Fernando S. dos, AGUILAR, João B. V. e OLIVEIRA, Maria M. A. de (org). Biologia: ensino médio, 2º ano. São Paulo: Edições SM, 2010.

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