sábado, 12 de outubro de 2013

Insetos


Insetos


Vários exemplos de insetos e suas respectivas ordens.
Abelhas.

A classe dos insetos forma o grupo com maior número de espécies conhecidas entre os artrópodes, filo ao qual pertencem. Algumas características que explicam o grande poder adaptativo dos insetos para a vida terrestre são a capacidade de voo, a presença de um exoesqueleto quitinoso, relativamente impermeável e capaz de proteger o animal contra a desidratação, e a produção do ácido úrico como principal excreta nitrogenada.


Insetos.

A capacidade de voo de muitas espécies permite-lhes alcançar com facilidade fontes de alimento distantes, além de facilitar a dispersão. De um modo geral, os insetos têm o corpo dividido em cabeça, tórax e abdome.

(A) Morfologia externa do gafanhoto. (B) Estrutura interna do gafanhoto.

A respiração dos insetos é traqueal. As traquéias, que se localizam no abdome do inseto, são inúmeros tubos que se ramificam pelo interior do corpo e estão ligados ao exterior por meio de pequenas aberturas, os estigmas, através dos quais o ar entra no corpo do inseto e é conduzido até às células. Dessa forma, as células retiram diretamente do ar o oxigênio de que precisam.

O sistema circulatório dos insetos é aberto ou lacunar, uma vez que o sangue sai dos vasos sanguíneos e banha as células.

A principal substância nitrogenada excretada pelos insetos é o ácido úrico, insolúvel e pastoso, diminuindo a perda de água do animal, o que é mais uma adaptação dos insetos à vida terrestre.


Eles podem ter um ou dois pares de asas, que estão ligadas ao tórax e podem ter consistência dura ou membranosa. No entanto, alguns insetos, como o piolho, a pulga e traça, não têm asas.
A contração dos músculos deforma as paredes do tórax e promove o movimento das asas.
Os insetos possuem três pares de patas, as quais nem sempre são todas iguais. O grilo, a pulga e o gafanhoto possuem as patas posteriores maiores, o que serve para impulsioná-los no salto.

O apêndice bucal dos insetos pode ser de vários tipos. No mosquito, é picador, picando a pele dos animais e sugando o sangue. O apêndice bucal do gafanhoto e do besouro é mastigador e serve para triturar as folhas das plantas. Já o de borboletas e mariposas é sugador, e o das abelhas e formigas é mastigador-lambedor.

Morfologia externa de um inseto (gafanhoto) e, na ampliação, detalhes de seu aparelho bucal, do tipo mastigador.

Tipos de apêndice bucal dos insetos.

Todos os insetos apresentam um par de antenas de tamanhos variados, dependendo da espécie. Uma de suas funções é perceber os odores do ambiente, além de ser um órgão sensorial.

A maioria dos insetos sofre metamorfose, que pode ser completa ou incompleta, não havendo em alguns.

De cima para baixo, metamorfose não existente, completa e incompleta.
Na metamorfose completa, chamada holometabólica, o animal que sai do ovo é completamente diferente do animal da fase adulta. Do ovo, nasce uma larva, que se transforma em pupa. Esta forma é dotada de poucos movimentos e sofre profundas transformações, que só terminam quando o inseto alcança a forma adulta. São exemplos de animais com metamorfose completa a mosca, a borboleta e a vespa.

O desenvolvimento da borboleta, um inseto holometábolo.

Metamorfose completa das borboletas.

Na metamorfose incompleta, chamada hemimetabólica, o inseto sofre uma transformação parcial até chegar à fase adulta. O ovo eclode e libera uma ninfa, forma jovem, ligeiramente diferente do adulto, e destituída de asas e órgãos sexuais desenvolvidos. À medida que as mudas se processam, a ninfa transforma-se na forma adulta, denominada imago, não existindo a fase de pupa. Alguns animais com esse tipo de metamorfose são o gafanhoto, o percevejo, a barata e a cigarra.


Metamorfose incompleta do gafanhoto.

Existem insetos que não sofrem metamorfose. São os ametóbolos, nos quais o ovo eclode e libera um indivíduo jovem, semelhante do adulto, porém em tamanho menor. A traça é um exemplo de animal ametábolo.


Desenvolvimento da traça, um inseto ametábolo.

A reprodução dos insetos é sexuada, e o ovo é resultado da união dos gametas do macho e da fêmea. As fêmeas geralmente são maiores e com abdome mais desenvolvido, possuindo antenas menores.


Quase todos os insetos são ovíparos e apresentam fecundação interna. Os machos introduzem seus espermatozoides nas fêmeas, e eles se alojam num órgão chamado espermateca, aos poucos fertilizando a fêmea e produzindo ovos que serão depositados na terra, na água, no lixo, em frutas, etc.

Insetos (joaninhas) em cópula.





Fontes

LINHARES, Sérgio e GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia hoje. São Paulo: Ática, 2010.

PAULINO, Wilson R. Biologia Atual, Vol. 2: Seres Vivos, Fisiologia. São Paulo: Ática, 1997.

CRUZ, Daniel. Os Seres Vivos. São Paulo: Ática, 1998.

SANTOS, Fernando S. dos, AGUILAR, João B. V. e OLIVEIRA, Maria M. A. de (org). Biologia: ensino médio, 2º ano. São Paulo: Edições SM, 2010.

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