Insetos
Vários exemplos de insetos e suas respectivas ordens. |
Abelhas. |
A classe dos
insetos forma o grupo com maior número de espécies conhecidas entre os
artrópodes, filo ao qual pertencem. Algumas
características que explicam o grande poder adaptativo dos insetos para a vida
terrestre são a capacidade de voo, a presença de um exoesqueleto quitinoso,
relativamente impermeável e capaz de proteger o animal contra a desidratação, e
a produção do ácido úrico como principal excreta nitrogenada.
Insetos. |
A capacidade
de voo de muitas espécies permite-lhes alcançar com facilidade fontes de
alimento distantes, além de facilitar a dispersão. De um modo geral, os insetos
têm o corpo dividido em cabeça, tórax e abdome.
(A) Morfologia externa do gafanhoto. (B) Estrutura interna do gafanhoto. |
A respiração
dos insetos é traqueal. As traquéias, que se localizam no abdome do inseto, são
inúmeros tubos que se ramificam pelo interior do corpo e estão ligados ao
exterior por meio de pequenas aberturas, os estigmas, através dos quais o ar
entra no corpo do inseto e é conduzido até às células. Dessa forma, as células
retiram diretamente do ar o oxigênio de que precisam.
O sistema circulatório dos insetos é aberto ou lacunar, uma
vez que o sangue sai dos vasos sanguíneos e banha as células.
A principal substância nitrogenada excretada pelos insetos
é o ácido úrico, insolúvel e pastoso, diminuindo a perda de água do animal, o
que é mais uma adaptação dos insetos à vida terrestre.
Eles podem ter
um ou dois pares de asas, que estão ligadas ao tórax e podem ter consistência
dura ou membranosa. No entanto, alguns insetos, como o piolho, a pulga e traça,
não têm asas.
A contração dos músculos deforma as paredes do tórax e promove o movimento das asas. |
Os insetos
possuem três pares de patas, as quais nem sempre são todas iguais. O grilo, a
pulga e o gafanhoto possuem as patas posteriores maiores, o que serve para
impulsioná-los no salto.
O apêndice
bucal dos insetos pode ser de vários tipos. No mosquito, é picador, picando a
pele dos animais e sugando o sangue. O apêndice bucal do gafanhoto e do besouro
é mastigador e serve para triturar as folhas das plantas. Já o de borboletas e
mariposas é sugador, e o das abelhas e formigas é mastigador-lambedor.
Morfologia externa de um inseto (gafanhoto) e, na ampliação, detalhes de seu aparelho bucal, do tipo mastigador. |
Tipos de apêndice bucal dos insetos. |
Todos os insetos
apresentam um par de antenas de tamanhos variados, dependendo da espécie. Uma
de suas funções é perceber os odores do ambiente, além de ser um órgão
sensorial.
A maioria dos insetos
sofre metamorfose, que pode ser completa ou incompleta, não havendo em alguns.
De cima para baixo, metamorfose não existente, completa e incompleta. |
Na metamorfose completa,
chamada holometabólica, o animal que sai do ovo é completamente diferente do
animal da fase adulta. Do ovo, nasce uma larva, que se transforma em pupa. Esta
forma é dotada de poucos movimentos e sofre profundas transformações, que só
terminam quando o inseto alcança a forma adulta. São exemplos de animais com
metamorfose completa a mosca, a borboleta e a vespa.
O desenvolvimento da borboleta, um inseto holometábolo. |
Metamorfose completa das borboletas. |
Na metamorfose incompleta, chamada hemimetabólica, o inseto
sofre uma transformação parcial até chegar à fase adulta. O ovo eclode e libera
uma ninfa, forma jovem, ligeiramente diferente do adulto, e destituída de asas
e órgãos sexuais desenvolvidos. À medida que as mudas se processam, a ninfa
transforma-se na forma adulta, denominada imago, não existindo a fase de pupa.
Alguns animais com esse tipo de metamorfose são o gafanhoto, o percevejo, a barata
e a cigarra.
Metamorfose incompleta do gafanhoto. |
Existem insetos que não sofrem metamorfose. São os
ametóbolos, nos quais o ovo eclode e libera um indivíduo jovem, semelhante do
adulto, porém em tamanho menor. A traça é um exemplo de animal ametábolo.
Desenvolvimento da traça, um inseto ametábolo. |
A reprodução dos insetos é sexuada, e o ovo é resultado da
união dos gametas do macho e da fêmea. As fêmeas geralmente são maiores e com
abdome mais desenvolvido, possuindo antenas menores.
Quase todos os insetos são ovíparos e apresentam fecundação
interna. Os machos introduzem seus espermatozoides nas fêmeas, e eles se alojam
num órgão chamado espermateca, aos poucos fertilizando a fêmea e produzindo
ovos que serão depositados na terra, na água, no lixo, em frutas, etc.
Fontes
LINHARES, Sérgio e
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia hoje. São Paulo: Ática, 2010.
PAULINO, Wilson R. Biologia
Atual, Vol. 2: Seres Vivos, Fisiologia. São Paulo: Ática, 1997.
CRUZ, Daniel. Os Seres Vivos. São
Paulo: Ática, 1998.
SANTOS, Fernando S. dos, AGUILAR, João B. V. e
OLIVEIRA, Maria M. A. de (org). Biologia: ensino médio, 2º ano. São Paulo:
Edições SM, 2010.
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