sábado, 5 de outubro de 2013

Equinodermos


Equinodermos


Estrela-do-mar.

Os seres deste filo – cujo nome é devido à presença de espinhos na pele – são animais exclusivamente marinhos e de vida livre, triblásticos, celomados e deuterostômios (no embrião, o blastóporo dá origem à boca, o mesmo ocorrendo no filo dos cordados).

Quando a maré é baixa, podem ser vistos na areia muitos animais que vivem no mar, entre eles equinodermos como a estrela-do-mar, o ouriço-do-mar, bolachas-da-praia, estrelas-serpentes, pepinos-do-mar e lírios-do-mar.

Estrela-do-mar.

Pepino-do-mar.

Serpente-do-mar.

Ouriço-do-mar.

Bolacha-da-praia.

Os equinodermos apresentam um esqueleto interno (endoesqueleto), formado por placas calcárias e do qual partem espinhos, também calcários. Alguns desses animais possuem espinhos evidentes, tais como a estrela-do-mar e o ouriço-do-mar. O pepino-do-mar, entretanto, possui espinhos atrofiados.



Representação de um espinho de ouriço-do-mar. A base do espinho liga-se a uma placa do endoesqueleto por meio de músculos que movimentam o espinho.


O corpo dos equinodermos pode ser arredondado, em forma de tubo ou ramificado e apresenta simetria pentarradial secundária (a simetria da larva é bilateral). Os órgãos sensoriais estão distribuídos pela periferia do corpo, e devido a esse tipo de simetria os animais recebem informações de todas as direções do ambiente, o que é uma adaptação à vida fixa ou com pouca mobilidade.

Micrografia de luz de larva de ouriço-do-mar.

A região da boca (zona oral) está normalmente voltada para baixo, e o ânus, na maioria das espécies, encontra-se na face oposta, a região aboral.

Representação de uma estrela-do-mar.

Os equinodermos apresentam um sistema de tentáculos que se distendem, chamados de pés ambulacrários, que têm ventosas nas extremidades e são usados para a locomoção. O funcionamento dos pés ambulacrários está baseado num sistema de canais formado pela placa madrepórica, pelo canal circular, pelos canais radiais e pelas ampolas. Alguns animais desse filo, no entanto, não possuem vida livre e vivem presos em rochas.

Representação de parte do sistema ambulacral (em amarelo) de uma estrela-do-mar.

Face aboral de endoesqueleto de um ouriço-do-mar, onde se veem as zonas ambulacrais e a placa madrepórica.


A respiração dos equinodermos é branquial, com brânquias localizadas em volta da boca e divididas em cinco pares. O tubo digestório nesses animais é completo, e eles podem ser carnívoros ou herbívoros. Seu sistema circulatório é muito rudimentar, não existindo sangue; a circulação é feita por canais dentro do celoma. O sistema nervoso também é pouco desenvolvido, característica coerente com a pouca mobilidade dos equinodermos.

Reprodução


Os sexos são quase sempre separados, e a fecundação é em geral externa. O desenvolvimento é indireto, com a formação de larvas planctônicas ciliadas, de simetria bilateral, que sofrem metamorfose e transformam-se em adultos.

As estrelas-do-mar são capazes de regenerar braços danificados. Em algumas espécies, um único braço, desde que possua uma parte do disco central, pode crescer e transformar-se em um animal completo, característica que torna possível a reprodução assexuada.


Classificação dos equinodermos


A classificação é feita de acordo com o formato do corpo, e os equinodermos são divididos em asteroides, ofiuroides, equinoides, crinoides e holoturoides.

Asteroides


Os animais desse grupo possuem um disco central do qual saem cinco braços (às vezes mais) com ocelos nas extremidades. Os braços apresentam movimentos e ajudam na captura de presas. Além disso, os animais deste grupo possuem alta capacidade de regenerar-se.

As estrelas-do-mar são carnívoras, alimentando-se de corais, moluscos, crustáceos e até de peixes. Algumas podem chegar a causar danos aos recifes de corais.

Estrela-do-mar alimentando-se de um molusco.

Equinoides


Um exemplo de equinoide é o ouriço-do-mar (cujos ovos podem servir como alimento). Os equinoides não possuem braços e costumam provocar ferimentos no ser humano com seus espinhos.

Representação de ouriço-do-mar em corte longitudinal.


Holoturoides


Um exemplo de holoturoide é o pepino-do-mar, que não possui carapaça; seu esqueleto está reduzido a placas microscópicas. Quando atacados, alguns holoturoides lançam para fora parte de seus órgãos internos, como estômago e intestino. Enquanto o predador come os órgãos lançados, afastam-se e depois regeneram as partes perdidas. Outras espécies lançam pelo ânus tubos de consistência pegajosa, que imobilizam o atacante e são posteriormente regenerados. O pepino-do-mar pode ser consumido como alimento.

Esquema da organização interna do corpo de uma holotúria.

Ofiuroides


Esses animais têm forma de estrela (assim como os equinodermos asteroides), porém com braços mais longos e mais finos, além de cilíndricos. Locomovem-se ativamente, utilizando não os pés ambulacrários, mas sim seus músculos.


Lírio-do-mar.

Crinoides


O lírio-do-mar é um exemplo desse grupo, no qual os animais são sésseis, e o ânus e a boca abrem-se na mesma face dorsal do animal.






Fontes


LINHARES, Sérgio e GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia hoje. São Paulo: Ática, 2010.

PAULINO, Wilson R. Biologia Atual, Vol. 2: Seres Vivos, Fisiologia. São Paulo: Ática, 1997.

CRUZ, Daniel. Os Seres Vivos. São Paulo: Ática, 1998.

SANTOS, Fernando S. dos, AGUILAR, João B. V. e OLIVEIRA, Maria M. A. de (org). Biologia: ensino médio, 2º ano. São Paulo: Edições SM, 2010.

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