Anfíbios
Exemplos de anfíbios. |
Os anfíbios
são cordados e vertebrados. Possuem quatro patas (são tetrápodes) e mandíbula.
São adaptados aos mais diferentes ambientes aquáticos e terrestres.
Esqueleto de sapo, mostrando sua coluna vertebral. |
Os seres desta classe (cujo
nome significa “vida dupla”) apresentam uma vida aquática e outra terrestre,
tendo provavelmente evoluído de grupos de peixes pulmonados. Para a reprodução,
dependem da água.
São divididos em três ordens:
urodelos, anuros e ápodes.
Os urodelos não possuem cauda.
Um exemplo é a salamandra, sendo que algumas espécies deste animal são
completamente terrestres, inexistindo nelas a fase larval. Outro exemplo é o
tritão. A seguir, vários urodelos:
Salamandra. |
Salamandra Ambystoma mexicanum, dotada de brânquias. Nesta espécie, os adultos podem manter a aparência das larvas. |
Axolote. |
Salamandra Desmognathus fuscus com seus ovos. |
Tritão. |
Os anuros não têm cauda, sendo
exemplos sapos, rãs e pererecas. Os sapos passam mais tempo fora da água, as
rãs ficam a maior parte do tempo na água, e as pererecas passam mais tempo na
terra. Vários exemplos de anuros a seguir:
Rã - Mauricio Simonetti/Pulsar. |
Rã. |
Rã-pimenta (Leptodactylus labyrinthicus). |
Perereca. |
Perereca-leiteira (Trachycephalus mesophaeus). |
As cobras-cegas, que podem ser vistas nas figuras a seguir, representam os ápodes, os quais não têm patas e não apresentam fase larval.
Representação de cobra-cega. |
A pele dos
anfíbios é fina e úmida e intensamente vascularizada, tendo a vantagem de
possibilitar trocas gasosas. Ao mesmo tempo, porém, permite que ocorra a
desidratação, impedindo assim que o animal se afaste muito da água. Para
manter-se úmida, a pele dos anfíbios é rica em glândulas secretoras de muco que
a lubrificam e também diminuem o atrito com a água e facilitam as trocas
gasosas.
O revestimento da boca e da faringe também permite
trocas gasosas. Os anfíbios adultos também apresentam pulmões rudimentares. No
entanto, devido à pequena superfície destes, a respiração cutânea pode ser mais
importante que a pulmonar. As larvas executam as trocas gasosas pelas
brânquias.
Algumas espécies possuem glândulas paratoides produtoras de veneno que servem de proteção contra predadores. As propriedades do veneno dos anfíbios vêm sendo estudadas; têm efeitos analgésicos, anticonvulsivos e cardiotônicos.
Os menores
vertebrados terrestres são anfíbios da família Brachycephalidae, encontrados no
Brasil, na mata Atlântica. Na foto seguinte, sapinho-pingo-de-ouro, Brachycephalus
ephippium, com apenas 12 a 19 mm de comprimento.
Na imagem a
seguir, a morfologia interna de um sapo.
Esquema representativo dos ossos do esqueleto de uma
rã:
Os anfíbios
são pecilotérmicos, o que limita sua distribuição geográfica. A fecundação é
externa. Eles são ovíparos, embora alguns autores os classifiquem como
ovulíparos, já que o encontro dos gametas para formar o ovo só ocorre na água,
e o animal bota óvulos e não ovos. Estes são desprovidos de casca protetora e
estão envoltos por cápsulas gelatinosas, e para evitar sua desidratação, devem
ser postos em local úmido. O girino, que sai do ovo, origina o adulto.
Tritões. |
Ao abraço do macho, a fêmea solta os óvulos na água, para serem fecundados pelos espermatozoides. Os "fios" gelatinosos enrolados na vegetação são os ovos. |
Ciclo de vida de um anfíbio. |
As metamorfoses da rã. |
A língua de alguns anfíbios está adaptada para pegar insetos e outras presas pequenas. Os dentes têm função apenas de prender o alimento, mas nem todos os anfíbios os possuem.
Alguns
anfíbios também podem se alimentar de minhocas.
Rã comendo minhoca. |
O coração dos anfíbios possui dois átrios e um ventrículo. O sangue venoso penetra pelo átrio direito, e o sangue arterial, pelo átrio esquerdo. No ventrículo, ocorre a mistura dos gases carbônico e oxigênio.
Nos anfíbios,
a circulação sanguínea é fechada, dupla e incompleta. Fechada, porque o sangue
circula somente pelo interior dos vasos, dupla, pois o sangue passa duas vezes
pelo coração durante um circuito completo pelo corpo, e incompleta, porque o
sangue venoso e arterial se misturam.
Fontes
LINHARES, Sérgio e GEWANDSZNAJDER,
Fernando. Biologia hoje. São Paulo: Ática, 2010.
PAULINO, Wilson R. Biologia
Atual, Vol. 2: Seres Vivos, Fisiologia. São Paulo: Ática, 1997.
CRUZ, Daniel. Os Seres Vivos. São Paulo: Ática, 1998.
SANTOS, Fernando S. dos, AGUILAR,
João B. V. e OLIVEIRA, Maria M. A. de (org). Biologia: ensino médio, 2º ano.
São Paulo: Edições SM, 2010.
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