sábado, 12 de outubro de 2013

Anfíbios


Anfíbios


Exemplos de anfíbios.

Os anfíbios são cordados e vertebrados. Possuem quatro patas (são tetrápodes) e mandíbula. São adaptados aos mais diferentes ambientes aquáticos e terrestres.

Esqueleto de sapo, mostrando sua coluna vertebral.

Os seres desta classe (cujo nome significa “vida dupla”) apresentam uma vida aquática e outra terrestre, tendo provavelmente evoluído de grupos de peixes pulmonados. Para a reprodução, dependem da água.

São divididos em três ordens: urodelos, anuros e ápodes.

Os urodelos não possuem cauda. Um exemplo é a salamandra, sendo que algumas espécies deste animal são completamente terrestres, inexistindo nelas a fase larval. Outro exemplo é o tritão. A seguir, vários urodelos:



Salamandra.

Salamandra Ambystoma mexicanum, dotada de brânquias. Nesta espécie, os adultos podem manter a aparência das larvas.

Axolote.
 
Salamandra Desmognathus fuscus com seus ovos.

Tritão.

Os anuros não têm cauda, sendo exemplos sapos, rãs e pererecas. Os sapos passam mais tempo fora da água, as rãs ficam a maior parte do tempo na água, e as pererecas passam mais tempo na terra. Vários exemplos de anuros a seguir:

Salto dos anuros.

Sapo (Rhinella jimi).

Sapos-cururus.

Rã - Mauricio Simonetti/Pulsar.

Rã.

Rã-pimenta (Leptodactylus labyrinthicus).


Perereca.

Perereca-leiteira (Trachycephalus mesophaeus).

As cobras-cegas, que podem ser vistas nas figuras a seguir, representam os ápodes, os quais não têm patas e não apresentam fase larval.
Representação de cobra-cega.

Cobra-cega.

Cobra-cega (Siphonops annulatus), um anfíbio ápode.

A pele dos anfíbios é fina e úmida e intensamente vascularizada, tendo a vantagem de possibilitar trocas gasosas. Ao mesmo tempo, porém, permite que ocorra a desidratação, impedindo assim que o animal se afaste muito da água. Para manter-se úmida, a pele dos anfíbios é rica em glândulas secretoras de muco que a lubrificam e também diminuem o atrito com a água e facilitam as trocas gasosas.

O revestimento da boca e da faringe também permite trocas gasosas. Os anfíbios adultos também apresentam pulmões rudimentares. No entanto, devido à pequena superfície destes, a respiração cutânea pode ser mais importante que a pulmonar. As larvas executam as trocas gasosas pelas brânquias.

Respiração dos anfíbios adultos através dos pulmões, da pele e da cavidade da boca e da faringe.





 Algumas espécies possuem glândulas paratoides produtoras de veneno que servem de proteção contra predadores. As propriedades do veneno dos anfíbios vêm sendo estudadas; têm efeitos analgésicos, anticonvulsivos e cardiotônicos.

Anfíbios venenosos (gênero Dendrobates) -  Fabio Colombini/Acervo do fotógrafo.

Os menores vertebrados terrestres são anfíbios da família Brachycephalidae, encontrados no Brasil, na mata Atlântica. Na foto seguinte, sapinho-pingo-de-ouro, Brachycephalus ephippium, com apenas 12 a 19 mm de comprimento.

Michael & Patricia Fogden/Corbis/Latinstock.

Na imagem a seguir, a morfologia interna de um sapo.


Esquema representativo dos ossos do esqueleto de uma rã:


Os anfíbios são pecilotérmicos, o que limita sua distribuição geográfica. A fecundação é externa. Eles são ovíparos, embora alguns autores os classifiquem como ovulíparos, já que o encontro dos gametas para formar o ovo só ocorre na água, e o animal bota óvulos e não ovos. Estes são desprovidos de casca protetora e estão envoltos por cápsulas gelatinosas, e para evitar sua desidratação, devem ser postos em local úmido. O girino, que sai do ovo, origina o adulto.

Tritões.

Ao abraço do macho, a fêmea solta os óvulos na água, para serem fecundados pelos espermatozoides. Os "fios" gelatinosos enrolados na vegetação são os ovos.


Ciclo de vida de um anfíbio.


As metamorfoses da rã.


A língua de alguns anfíbios está adaptada para pegar insetos e outras presas pequenas. Os dentes têm função apenas de prender o alimento, mas nem todos os anfíbios os possuem.
Anfíbio usando sua língua para captar um inseto e esquema do coração dos anfíbios.


 
Alguns anfíbios também podem se alimentar de minhocas.

Rã comendo minhoca.


O coração dos anfíbios possui dois átrios e um ventrículo. O sangue venoso penetra pelo átrio direito, e o sangue arterial, pelo átrio esquerdo. No ventrículo, ocorre a mistura dos gases carbônico e oxigênio.


Nos anfíbios, a circulação sanguínea é fechada, dupla e incompleta. Fechada, porque o sangue circula somente pelo interior dos vasos, dupla, pois o sangue passa duas vezes pelo coração durante um circuito completo pelo corpo, e incompleta, porque o sangue venoso e arterial se misturam.





Fontes

LINHARES, Sérgio e GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia hoje. São Paulo: Ática, 2010.

PAULINO, Wilson R. Biologia Atual, Vol. 2: Seres Vivos, Fisiologia. São Paulo: Ática, 1997.

CRUZ, Daniel. Os Seres Vivos. São Paulo: Ática, 1998.

SANTOS, Fernando S. dos, AGUILAR, João B. V. e OLIVEIRA, Maria M. A. de (org). Biologia: ensino médio, 2º ano. São Paulo: Edições SM, 2010.

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