sábado, 28 de setembro de 2013

Anelídeos


Anelídeos



Os anelídeos vivem tanto no solo quanto na água doce ou salgada, podendo tanto ter vida livre quanto ser parasitas.

São triblásticos e celomados, e seu corpo apresenta simetria bilateral e metameria, ou seja, é dividido, por septos, em vários segmentos.

A superfície do corpo dos anelídeos é revestida por uma epiderme externa muito resistente, que fornece proteção mecânica e química.


Esquema representativo da anatomia de uma minhoca (A) e aspecto interno de um anelídeo (B).

Em cima, minhoca gigante; embaixo à esquerda, Nereis virens, um anelídeo marinho; à direita, Hirudo medicinalis, uma sanguessuga.


Os anelídeos podem apresentar cerdas de quitina, e de acordo com a quantidade de cerdas que se divide este filo em três grupos:

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Sérpula

Poliquetos


Têm muitas cerdas, as quais são desenvolvidas, estão implantadas em expansões laterais chamadas parapódios e funcionam como patas rudimentares.
Em geral, a cabeça é diferenciada, apresentando olhos e tentáculos.

 

Oligoquetos




A minhoca é um exemplo. Apresentam poucas cerdas, que são pequenas.
Não possuem cabeça diferenciada, e a maioria é terrestre, mas alguns são encontrados em água doce.





Sanguessuga


Hirudíneos



Os hirudíneos não tem cerdas, e um exemplo é a sanguessuga. Possuem duas ventosas, uma para locomoção e fixação e outra para sugar o sangue de animais. Alguns hirudíneos se alimentam de pequenos animais ou de restos de matéria orgânica.



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A musculatura – que auxilia na locomoção e no movimento do alimento ao longo do tubo digestivo – se localiza sob a epiderme e é desenvolvida no sentido circular e longitudinal. Já o líquido do celoma funciona como esqueleto hidrostático, realizando a sustentação.

Enquanto alguns anelídeos se alimentam de detritos vegetais, outros são carnívoros, alimentando-se de sangue e de líquidos de outros animais.

Sua digestão é extracelular e seu tubo digestório é completo, apresentando esôfago, intestino e ânus. As minhocas têm um papo, que armazena alimentos, e uma moela, região muscular que tritura o alimento, o qual é digerido e absorvido pela parede do intestino.


Os anelídeos possuem um sistema circulatório fechado, cuja função é transportar alimento e oxigênio para as células, e que apresenta dois vasos (um contrátil e um ventral) ligados entre si por corações contráteis que auxiliam na propulsão do sangue. Além disso, outros vasos laterais ligam os vasos longitudinais na parte posterior do corpo. Alguns anelídeos apresentam no sangue pigmentos respiratórios – sendo o mais comum a hemoglobina – com a função de aumentar a capacidade de transporte de oxigênio.


Nas minhocas, entre outros anelídeos, a respiração é cutânea; por isso, sua pele não apresenta coberturas impermeabilizantes e sim células produtoras de muco, que ajuda a manter sua umidade. Os anelídeos maiores, no entanto, possuem brânquias, através das quais respiram.

A excreção dos anelídeos é realizada através de nefrídios ou metanefrídios, pequenos rins que retiram excretas do celoma através do nefróstoma, uma extremidade ciliada em forma de funil. As substâncias úteis retornam ao sangue, enquanto as tóxicas ou em excesso são eliminadas através do nefridioporo, que se abre na superfície do corpo. Por auxiliarem no controle da concentração das substâncias, os nefrídios colaboram para a homeostase, o equilíbrio do organismo.

O sistema nervoso dos anelídeos é formado por dois cordões nervosos ventrais, com um par de gânglios a cada segmento. Desses gânglios partem nervos para os músculos ciliares e longitudinais.

Os poliquetos apresentam ocelos. As minhocas, no entanto, têm células na epiderme que captam a presença da luz. Elas também possuem células que detectam estímulos mecânicos, captados pelos nervos dos gânglios e transmitidos aos músculos.

Os poliquetos geralmente apresentam sexos separados, e o seu desenvolvimento é indireto, sendo formada uma larva ciliada, a trocófora. Eles apresentam também reprodução assexuada por brotamento.

Já as minhocas são hermafroditas, e a fecundação é recíproca (reprodução cruzada mútua) e externa. As sanguessugas também são hermafroditas.

 

Fontes


LINHARES, Sérgio e GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia hoje. São Paulo: Ática, 2010.

PAULINO, Wilson R. Biologia Atual, Vol. 2: Seres Vivos, Fisiologia. São Paulo: Ática, 1997.

CRUZ, Daniel. Os Seres Vivos. São Paulo: Ática, 1998.

SANTOS, Fernando S. dos, AGUILAR, João B. V. e OLIVEIRA, Maria M. A. de (org). Biologia: ensino médio, 2º ano. São Paulo: Edições SM, 2010.


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