segunda-feira, 25 de março de 2013

Algas

As algas são tanto unicelulares quanto pluricelulares, podendo ser encontradas em lagos, rios, solos úmidos e, principalmente, em oceanos.


As algas microscópicas formam o fitoplâncton, responsável pela fotossíntese nos ecossistemas aquáticos, além de ser a base que garante a nutrição dos seres que vivem nesses ambientes. Já o corpo das algas pluricelulares é formado por um talo, não havendo diferenciação de tecidos entre as células.

Algas Unicelulares


Dentre as algas unicelulares, podem ser destacados três grupos: as euglerófitas, as bacilariófitas e as pirrofícias (ou dinoflagelados).

Euglenófitas

Euglena gracilis.

A maioria das euglenófitas vive em água doce, sendo dotadas de flagelo ou vacúolo contrátil. Diferentemente dos demais grupos de algas, não possuem parede celular rígida ao redor de suas células, facilitando a fagocitose.
Na presença de luz e nutrientes inorgânicos, realizam fotossíntese; caso contrário, se alimentam por nutrição heterotrófica.
Quando sua reprodução (que é binária longitudinal, assexuada) é acentuada, a água pode exibir coloração verde.

Bacilariófitas

Diatomáceas desenhadas por Haeckel.

Neste filo estão as diatomáceas, principais componentes do fitoplâncton.
Estas algas são douradas, dotadas de uma carapaça de sílica. A deposição de restos da parede celular dessas algas no fundo do oceano, com o passar do tempo, produz o diatomito, que pode ser usado como abrasivo para o polimento de materiais diversos (como a prata), na confecção de cosméticos e pasta de dente e na fabricação de tijolos.

Dinoflagelados

Essas algas apresentam dois flagelos, cujo batimento causa um movimento de rotação, decorrendo disso o nome “dinoflagelados” (que significa “flagelo que nada”).
Podem tanto ser autotróficas quanto heterotróficas. Alguns dinoflagelados têm bioluminescência, transformando energia química em luz, causando a luminosidade nas ondas no mar e na areia da praia à noite. Por isso e pela cor avermelhada de algumas algas do grupo, este também é conhecido como pirrófitas (“pirros” significa “cor de fogo”).
A reprodução desse grupo ocorre por divisão binária.

Maré vermelha.

Quando se proliferam intensamente, algumas algas – principalmente as dinoflageladas – provocam o fenômeno chamado de maré vermelha, no qual a liberação de toxinas por essas algas é significativa e pode afetar o desenvolvimento da fauna vizinha.
A maré vermelha é um fenômeno natural registrado nos mais diversos locais do mundo, desde o tempo dos antigos egípcios, porém pode ser agravada por alterações de salinidade e temperatura ou excesso de sais minerais originado pelo despejo de esgoto doméstico.
No Brasil, em 1978, ocorreu um caso grave de maré vermelha na costa sul do Brasil, com a morte de toneladas de peixes, moluscos, crustáceos e aves marinhas, que, ingeridos pelo homem, podem levá-lo à morte.
A maré vermelha se dissipa quando a água esfria e os ventos dispersam as algas.

Algas Pluricelulares


São pluricelulares as algas verdes ou clorofíceas, as pardas ou feofíceas e as vermelhas ou rodofíceas.

Clorofíceas

Clorofícea.

A algas clorofíceas são unicelulares ou pluricelulares, marinhas, dulcículas ou mesmo terrestres, vivendo sobre o tronco de árvores úmidas, na neve, no gelo, no interior de outros seres vivos ou formando os liquens (associação com fungos).
Podem realizar reprodução assexuada, sexuada ou uma alternância entre as duas.

Algas Pardas ou Feofíceas

Geralmente marinhas, possuem como pigmento a lucoxantina. Na sua parede celular, há celulose e outras substâncias como alginas ou alginatos, que podem ser usados para dar consistência a sorvetes, pudins, cremes dentais, etc.
As algas do gênero Sargassun (que podem atingir mais de 4 m de comprimento), depois de ressecadas e moídas, fornecem um adubo rico em sais minerais diversos.
A região conhecida como mar de Sargaços possui este nome pois, ao se aproximar do aglomerado de algas do gênero Sargassum, a esquadra de Colombo confundiu-o com terra firme.

Algas Vermelhas ou Rodofíceas

 Rodofícea.

As algas vermelhas ou rodofíceas são geralmente encontradas em águas tropicais marinhas, podendo ocorrer desde formas microscópicas até formas com 3m de comprimento. Essas algas podem formar recifes.
Na parede celular há celulose, ágar e carragenina. A carragenina é utilizada como estabilizante de sorvetes, e o ágar é utilizado para dar consistência a alimentos, culturas de bactérias e outros.

A Eutrofização


A eutrofização, reprodução desordenada de alguns tipos de alga, causada principalmente pelo excesso de material orgânico produzido pelo homem ou natural (ocasionada por excrementos de pássaros), destrói a cadeia alimentar do ambiente aquático.
O excesso de fertilizantes como nitrato de fósforo e também o esgoto não tratado jogados na água são substâncias que serão utilizadas como nutrientes por bactérias aeróbias, que consomem O2, e pelas algas. A proliferação destas forma um tapete superficial sobre as águas, cuja coloração depende do tipo de alga, e que dificulta a penetração da luz. As algas que se encontram em camadas inferiores e que dependem da fotossíntese morrem, aumentando ainda mais o material orgânico ao serem decompostas pelos microorganismos que consomem O2, diminuindo ainda mais a presença deste na água e tornando o ambiente impróprio para a maioria dos seres vivos, que são mortos por asfixia, como peixes, moluscos, etc.
O oxigênio liberado pelas algas da superfície vai para a atmosfera, e no ambiente aquático só restarão seres anaeróbicos, que liberam odor desagradável na água. O processo utilizado para limpeza dos ambientes com eutrofização é caro, sendo necessário o tratamento do esgoto doméstico e industrial, entre outros.

A Importância das Algas


As algas são importantes para a produção do oxigênio na biosfera terrestres.
            Além disso, elas são utilizadas há tempos pela humanidade como fertilizantes, devido à grande quantidade de cálcio e potássio presente nas algas, sendo usado até hoje o sargaço com esses fins. A Feofícea laminaria é usada no tratamento do bócio, e estudos recentes isolaram de algumas espécies substâncias cujas ações antivirais, antibacteriais e antitumorais estão sendo testadas.
Os asiáticos usam as algas como fonte de alimento, porque são ricas em proteínas, vitaminas e fibras. As algas também são importantes para a biosfera pois realizam fotossíntese produzindo matéria orgânica e gás oxigênio, além de formar a base das cadeias alimentares onde estão presentes, pois, como as algas compõem um grupo diversificado, diferentes seres vivos alimentam-se das diversas espécies de algas.



Bibliografia


LINHARES, Sérgio e GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia hoje. São Paulo: Ática, 2010.

PAULINO, Wilson R. Biologia Atual: volume 2 – Seres Vivos, Fisiologia. São Paulo: Editora Ática, 1997.

SANTOS, Fernando S. dos, AGUILAR, João B. V. e OLIVEIRA, Maria M. A. de (org) Biologia: ensino médio, 2º ano. São Paulo: Edições SM, 2010. Coleção Ser Protagonista.

Fontes das Imagens


http://www.britannica.com/EBchecked/media/5411/Euglena-gracilis

http://pt.wikipedia.org/wiki/Diatom%C3%A1cea

http://www.infoescola.com/ecologia/mare-vermelha/

http://contenidos.educarex.es/cnice/biosfera/alumno/1bachillerato/organis/contenidos10.htm

http://mediateca.educa.madrid.org/imagen/ver.php?id_imagen=juwtrxdsniejch1n

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.