terça-feira, 23 de julho de 2013

Cnidários




Dentro deste filo estão os corais, as águas-vivas, anêmonas, caravelas e hidras. São animais aquáticos, vivendo quase todos em ambientes marinhos.

Os cnidários são diblásticos, apresentando apenas endoderme e ectoderme na fase embrionária, e possuem simetria radial.
Esses animais podem ser apresentar sob duas formas:

- Pólipos – com pouca mobilidade, esses seres possuem uma das extremidades apoiada em um substrato (como o fundo dos oceanos) e a outra livre, com os tentáculos voltados para cima. Um exemplo de pólipo é a anêmona.

- Medusas – locomovem-se lançando jatos de água através da contração do corpo, apresentando vida livre e tentáculos voltados para baixo. Um exemplo é a água-viva.

Durante seu ciclo de vida, alguns cnidários alteram essas duas formas.


A parede do corpo dos cnidários é formada pela epiderme – derivada da ectoderme – e pela gastroderme – derivada da endoderme –, havendo entre as duas um material gelatinoso, a mesogleia.
Há vários tipos de células nos cnidários. As células mioepiteliais, localizadas na epiderme, estão ligadas ao sistema nervoso e agem como músculos, contraindo o corpo do animal e sendo responsáveis pelo movimento e mudança de forma do corpo. Entre essas células, estão as células intersticiais, as quais têm função reprodutiva.

Na superfície dos cnidários, localizam-se os cnidócitos, células responsáveis pela defesa contra predadores e pela captura da presa. O nematocisto, cápsula que fica dentro do cnidócito, contém um filamento urticante que se desenrola quando a célula é tocada. No caso de presas, como pequenos peixes, crustáceos e vermes, a toxina injetada pelo filamento é capaz de paralisá-las e matá-las.


Em alguns cnidários, como os corais, a epiderme secreta um exoesqueleto de calcário e substâncias orgânicas. Já a água-viva, por exemplo, não possui esqueleto de sustentação.


Os cnidários apresentam uma cavidade gastrovascular ou celêntero, com função digestiva, porém têm um tubo digestório incompleto por não apresentarem abertura anal. Esses animais possuem digestão intra e extracelular, realizadas respectivamente pelas células digestivas e glandulares.
 
A circulação de oxigênio, gás carbônico, excretas e alimentos ocorre por difusão.

O sistema nervoso dos cnidários é difuso, pois não possui centro nervoso, e é formado por uma rede de células nervosas, responsáveis pela coordenação.

A reprodução assexuada dos cnidários pode ocorrer por brotamento ou estrobilização. No primeiro processo, surge um broto em uma região do corpo do cnidário; esse broto pode se soltar e ter uma vida independente ou continuar ligado, formando uma colônia. Na estrobilização, um estrangulamento divide transversalmente o animal, originando vários outros.

Na reprodução sexuada, ocorre a produção de gametas nas células intersticiais e após a fecundação, que é externa, surge do ovo uma larva, a plânula, que se transforma por metamorfose no adulto.

Em muitas espécies a reprodução sexuada e a assexuada alternam-se, havendo também alternância entra as formas pólipo (assexuada) e medusa (sexuada), sendo ambas diploides.

Alternância de gerações na Aurelia aurita, um cnidário marinho.

Há várias classes de cnidários. A classe Hidrozoa engloba pólipos e medusas tais como, respectivamente, a hidra e a caravela-portuguesa, a qual forma uma colônia permanente.

Hidra


A maioria dos seres da classe Scyphzoa da qual fazem parte, por exemplo, as águas-vivas são medusas.

Água-viva

Já a classe Anthozoa é representada principalmente por pólipos e engloba tanto seres de vida isolada, como a anêmona do mar, quanto seres que formam colônias, como os corais.

Anêmona-do-mar

Recife de corais

Fazem parte da classe Cubozoa medusas que possuem cnidócitos altamente tóxicos e cujo corpo tem formato aproximadamente cúbico.

Vespa-do-mar


Bibliografia e fontes das imagens


PAULINO, Wilson R. Biologia Atual, vol. 2: Seres Vivos, Fisiologia. São Paulo: Ed. Ática, 1997.

PAULINO, Wilson R. Biologia, vol. Único. São Paulo: Ed. Ática, 2011.

CRUZ, Daniel. Os Seres Vivos. São Paulo: Ed. Ática, 1998.

Imagem de cnidócito:
http://www.biorede.pt/resources/2580.jpg
Acesso em: 23 jul. 2013, às 20:14.

Imagem de hidra:
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHM6BratfW3bRGbCnXKYW8WIDOdtjasmX9sVLWd1_CLX0s1xCXDjylR1Eyf9lCW9zL1nq2-tb9_et-2sps5l_6uLTYHVUKD4MFcsARDvHexH6z2WkCBCCsZxvdI199UtmsER-f97BE3vt3/s200/hidra.jpg
Acesso em: 23 jul. 2013, às 20:34.

Imagem de água-viva:
http://hypescience.com/uma-unica-agua-viva-pode-ter-queimado-100-pessoas/
Acesso em: 23 jul. 2013, às 20:36.

Imagem de anêmona-do-mar:
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi4aCAioUOV2RfMoaS8QBaZf4mfHXH1-m5HPZE8NKeQM0pxUTO7wCViRDh6VLaWMNZw7cFhXPRc1gKNvT2T8uWKNk5SJhnhunb1E4v2Z8Lr7teClvTC5y5FMjSGQZoDtlUnhFGK2Y-CPs/s1600/Anemona_claudio.jpg
Acesso em: 23 jul. 2013, às 20:41.

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